terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Desjejum

Eu sou o sol, e o ar
Eu sou a plenitude de tudo o que há entre o céu e a terra
O arfar afoito dos deuses que desesperados clamam
por atenção e redenção aos homens,
Estes, fruto infecundo de cósmico adultério,
diabólico mistério que nos devora a alma e alimenta de volta aos deuses
Não saber é alimentar o mistério,
Mistério que é a farinha enquanto o buscar,
a força motriz que bate o mingau cósmico...
Ah, os deuses... nos fazem eterno sofrer para degustar um gostoso café da manhã...
Sinistro desjejum.

Carvaggian (FAb)

Nenhum comentário: