quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

O Mito de Osíris por Cláudio כּלאודיו

Toda a simbologia templária se baseia em uma mitologia e ou história de elevado valor místico-moral, sendo que através da objetivação templária são passados os ensinamentos gnósticos.

No caso da tradição R+C, a arquitetura egípcia é baseada na mitologia osiriana, que se adequou às dinastias egípcias tendo diversas conotações.

Torna-se então fundamental saber do que se trata a mitologia osiriana, averiguando as possíveis implicações com a tradição templária rosacruz.

Conta à história que o deus Geb (Terra) e a deusa Nut (Céu), se juntaram e geraram os deuses: Osíris, Ísis, Seth e Nephts.

É dito na mitologia egípcia que Osíris depois se casou com Ísis e herdou o poder no Egito.

Junto com sua esposa, trabalhou para civilizar o Nilo. Ísis passou a ensinar costura, cura dos doentes e desenvolveu a tradição do casamento.

O Alto e o Baixo Egito eram governados com sabedoria por Ísis, enquanto Osíris viajava pelo mundo em retidão difundindo a civilização. Com inveja do irmão, Seth convidou-o para um banquete, tendo armado um ardil para enganá-lo. Decidido a assassinar o rei para ocupar o seu lugar, Seth apresentou um caixão de proporções excepcionais, prometendo recompensas a quem nele coubesse. Aceitando o desafio, Osíris permitiu que Seth pregasse a tampa, tornando Osíris escravo da Morte.

O Alto Egito se sobressaía com as grandes tradições iniciáticas, enquanto o baixo Egito se sobressaía com o comércio.

A cobiça de Seth em ocupar o trono de Osíris tornou-o cruel. Visando livrar-se de seu irmão, Seth lançou a urna fúnebre ao Nilo, cheio com as lágrimas de tristeza da deusa Ísis ao saber do ocorrido. A idéia de Seth foi dar sumiço ao corpo, que deveria chegar ao Delta, sendo jogado ao mar, onde se perderia para sempre. Diz-se que este epsódio aconteceu no décimo sétimo dia do mês Athyr, quando o Sol se encontrava sob o signo de Escorpião. Desesperada, Ísis resolveu procurar o seu marido, querendo restituir-lhe o sopro da vida. Ísis cortou uma madeixa do seu cabelo, representando a sua desolação, escondendo-a sob as roupas e assim, peregrinou por todo o Egito, em busca de Osíris. Depois de muito tempo, a urna atingiu uma praia na Babilônia, ficando presa nas raízes de um tamarindeiro. Na medida que a árvore cresceu, a urna ascendeu, prendendo-se ao interior do tronco, fazendo a árvore tornar-se portadora de uma beleza incomum. O rei babilônico ficou atraído pela árvore, ordenando que seus séquitos derrubassem o tamarindeiro, utilizado-o como pilar na sua casa. A história da árvore seguiu a direção do vento e de imediato, Ísis tomou conhecimento da mesma, seguindo em direção a Babilônia com o intuito de recuperar o corpo de Osíris.

Chegando ao seu destino, Ísis sentou-se perto de um poço, e humildemente brindou os transeuntes com um rosto lindo e cheio de lágrimas. Assim, surgiu o hieróglifo Aset, ou Ísis. A história do choro de Ísis percorreu toda a Babilônia e o monarca da Babilônia perplexo com tal desespero, chamou-a a sua presença. Diante do monarca, Ísis solicitou que ela pudesse entrelaçar seus cabelos, deixando o regente estupefato pela sua beleza. Ísis incensou as tranças espalhando um adocicado perfume no salão, que se perpetuou por seu áureo corpo.

A rainha da Babilônia enfeitiçou-se pelo aroma emanado pelos cabelos de Ísis, inebriado por tão doce perfume dos céus. A rainha fez Ísis acompanhá-la pelo palácio e pediu a deusa que fosse ama de leite de seu filho recém-nascido. Não podendo amamentá-lo pelo seio, Isis o fazia com um dos seus dedos, pois o Leite de Isis prejudicaria a criança.

Ísis apegou-se a criança como se fosse sua própria mãe, e concedeu-lhe a imortalidade. Para tanto, Ísis a queimou, no fogo divino fazendo arder no esquecimento a sua partes mortais. Durante o ritual, Ísis se transformou em uma andorinha cantando suas lamentações. A rainha em outro cômodo seguiu a melopéia entrando no quarto do filho, deparando-se com um ritual aparentemente hediondo. Desesperada, ela partiu para Ísis, que a tranqüilizou revelando a sua verdadeira identidade. Terminando o ritual, sem que pudesse conceder ao príncipe a imortalidade, Ísis confidenciou-a o incidente que a fez visitar a Babilônia. Assim, Ísis conquistou a confiança e a benevolência da rainha que lhe cedeu a urna que continha os restos mortais de Osíris. Com uma imensa felicidade, Ísis apressou-se em retirar do interior do pilar o corpo de Osíris. No entanto, ela o fez de forma tão abrupta que os estilhaços da urna atingiram o pequeno príncipe que morreu. Enfurecida, a rainha expulsou Ísis, que levou a urna sem seu consentimento.

Regressando ao Egito com a urna, Ísis a abriu, ocultando-a as margens do Delta do Nilo. Embevecida com o reencontro, Ísis deixou a urna sem vigilância imaginando o renascimento de seu esposo. Seth descobriu o acontecimento e apoderou-se novamente da urna, visando retirar do seu interior o corpo de Osíris para cortá-lo em 14 pedaços e arremessá-los ao Nilo. Ísis reuniu-se com a sua irmã Nephts, que também não tolerava a conduta de Seth, seu esposo. Elas se juntaram, acenderam uma vela e partiram para tentar recuperar os fragmentos do cadáver de Osíris. Assim o fizeram todos, com exceção do seu sexo, que fora comido por um peixe. Ísis e Nephts velaram o corpo purificado de Osíris durante horas, inteiramente depiladas com perucas perfumadas e a boca purificada por natrão. Elas pronunciaram encantamentos numa câmara funerária, que estava impregnada por incenso.

Ìsis invocou todos os templos e todas as cidades do país, para se juntar a sua dor, fazendo retornar a alma de Osíris do Além. No entanto, os seus esforços revelavam-se vãos. Ísis então se transformou em um falcão esvoaçando aos céus. O vento deslocado restituiu o sopro de vida ao defunto, concedendo-lhe um apanágio de ressurreição. Ísis amou Osíris, mantendo-o vivo por magia. Um ato chamado pelas ciências ocultistas de necromancia. Assim ela engravidou do deus. Após a sua morte, ela embalsamá-o, preparando Osíris para a viagem a terra dos mortos, criando desta forma os rituais egípcios de enterro. Voltando ao Egito grávida, Ísis concebeu seu filho Hórus, filho da vida e da morte a quem protegeria até que este se achasse capaz de enfrentar o seu tio.


PP

Cláudio כּלאודיו

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Original: http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=204772&tid=5420749121668226837&na=1&nst=1

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