quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

O Mito de Osíris e a Tradição R+C

Analisando a história de Ísis, constatamos alguns pontos importantes para estudo simbólico templário. Para não profanar o conhecimento iniciático, darei pistas simbólicas em alguns dos pontos que acho importante ser refletido.

1. A viagem em retidão de Osíris pelo mundo é representada pelos passos do iniciado no Templo. Ele cruza em retidão, assim como a marcha templária, transitando pelas estações sem cruzar o meio do mundo. Cada canto do mundo representa as localizações do mundo antigo na arquitetura do Templo, sendo a moradia, o local escolhido pelo iniciado para assistir um ritual no Templo.

2. A Prisão de Osíris no caixão, tornando-se escravo da morte. Representa a quebra do juramento do iniciado, que submetido as suas paixões e a sua ignorância, fica preso a matéria simbolizado pelo caixão. É alertado da 2ª parte da iniciação.

3. A urna fúnebre simboliza dentro do ritual rosacruz, a morte do profano e a transformação dos seus despojos morais. As vicissitudes deveriam fazer parte do passado, visto que o iniciado renasce na iniciação, purificado pelos elementos que conhece através de sua jornada mística. Está associado a um período de umbral.

4. A restituição da vida de Ísis com o sopro de vida está associada ao poder do ar e fogo que simbolizam a Vida. Em decorrência disto, o rosacruz não sopra à vela, porque ar e fogo são princípios complementares e não podem se anular. Ambos habitarão o corpo, um simbolizando o fluido vital, o ar, e o outro representando a alma que se junta à matéria, o fogo.

5. A urna ascendendo e prendendo-se ao tronco é simbolizada no Templo rosacruz, na luz que se interpõe entre o Leste e o centro do Templo, simbolizando a pureza e a purificação do iniciado que ilumina a sua essência.

6. A transformação da urna presa ao tronco em pilar da casa do Rei da Babilônia é representada pelos quatro pilares de Osíris ao redor do centro. Tem o místico simbolismo de ascensão da consciência da Terra aos céus e os emblemáticos momentos ritualísticos que elevam e purificam as consciências indiiduais.

7. O ato de Ísis incensar o salão, prendendo as suas tranças e espalhando um adocicado perfume no salão é representado pelo movimento da Consciência no Templo. Este é um momento de verdadeira entrega da Consciência, que abdica da sua infância entregando a sua pureza.

8. A vela acesa por Ísis e Nephts a procura do corpo de Osíris é representada pelo ato de acender a chama. Ísis e Nephts acendem a vela em sinal de busca do sagrado, dedicando um tempo a algo que está além do idealismo, objetivado em sentimento e que as movimenta em direção a algo mais profundo.

A simbologia em questão é aplicada a qualquer área da tradição rosacruz, demandando do iniciado apenas o mergulho místico nos símbolos.

Assim, a simbologia das ciências como a matemática foram erigida com sua semântica calcada nos: algarismos numéricos, variáveis, funções, gráficos e postulados, tentando perpassar um conhecimento eSotérico.

No entanto, se todos estes conhecimentos gnósticos são aplicáveis em outras áreas, cabe ao iniciado desenvolver a sua capacidade de abstração e raciocínio para assim aplicarem no seu cotidiano.

Independente de tudo isto, foram às artes gnósticas as maiores responsáveis pela interligação dos simbolismos disciplinares, tendo sido o Egito o precursor de tal processo.

Foi assim que as artes ocultistas ganharam impulso através da tarologia, da alquimia, da astrologia, da cabala, da numerologia, da geometria, dentre outras perspectivas de mundo. Estas artes foram mescladas também Arquitetura e a construção de templo permitindo que as tradições dos antigos egípcios sobrevivessem.

PP
Cláudio כּלאודיו
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=8966062491158838046

Original: http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=204772&tid=5420749121668226837&na=1&nst=1

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