terça-feira, 3 de abril de 2007

Excerto - A Noite

Eu quis fazer uma canção
pra lembrar do jeito como sentia o mundo...
meus dedos passearam pelo braço do violão...
todos mudos...

O tempo e a indiferença calaram meus sentimentos
e hoje já não sinto meu espiríto livre como antes;
Eu te trouxe pra perto pra me libertar,
mas não queria te aprisionar...

Se quando me olha você enxerga solidão,
não é que não te queira aqui,
é só que não consigo mais me sentir parte de você
o tempo passou e carregou o melhor de mim

“Por quê as coisas têm que mudar?”, você me pergunta...
eu não sei, apenas me sinto vazio em frente ao espelho.
O sol continua a se pôr vermelho num horizonte de concreto,
eu te quis aqui, mais perto...
mas não queria te aprisionar...
não queria te aprisionar...

Eu quis te cantar numa bela melodia,
as palavras me fugiram, e eu nem fingi...
eu te cômpus numa noite, e te abandonei no raiar do dia
eu não queria te aprisionar, mas te queria aqui

Se quando te olho, não me encontro mais,
não é que não queira estar aqui,
é só que não consigo mais me sentir parte de nada,
o tempo passou e eu fiquei pra trás

“Por quê as coisas não podem ser diferentes?” eu me pergunto...
“você é quem sabe...” me responde o vento...
A Lua ainda me vigia de um céu incerto...
eu te quis aqui, mais perto...
mas não queria te aprisionar...eu queria ser livre, não solitário...


carvaggian

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