Atrás de mim um homem de meia-idade geme,
Luta contra o próprio ar que respira,
Engasga, sufoca e grita,
Enquanto encara aquilo que mais teme:
Sua própria efemeridade
Atrás de mim um coração solitário imagina,
Se valeu a pena as idas e vindas,
Se foi próspera sua vida,
E se no fim o que vem assusta ou fascina:
Seu próprio eu, sua eternidade
Atrás de mim, nada resta senão o enigma,
Quantos lembrarão do bem feito,
Quantos se agarrarão aos equívocos, o desprezo,
E o que restará para marcar sua passagem por esta sina:
Nada restará, esta é a verdade.
Eu Sou!
Nenhum comentário:
Postar um comentário