domingo, 21 de novembro de 2010

Smashing Pumpkins e Pavement celebram o rock alternativo no Planeta Terra

Por Carla Navarrete, da Redação Yahoo! Brasil

Foi uma celebração para quem passou a adolescência ouvindo rock alternativo na década da 1990. Com praticamente uma aula didática sobre o gênero, Pavement e Smashing Pumpkins foram as principais atrações na noite de sábado (20) do Festival Planeta Terra, realizado no Playcenter, em São Paulo.

Com os cerca de 20 mil ingressos colocados à venda esgotados há tempos, o evento se consolidou como um dos melhores festivais da capital paulista. Pela segunda vez utilizando o antigo parque de diversões como palco, o Planeta Terra prezou pela boa organização, sem que o público enfrentasse grandes dificuldades para chegar ou sair do local, ou para circular dentro do Playcenter. Já quem ficou sem ingresso e tentou adquiri-lo com cambistas se deparou com valores na faixa dos R$ 400 do lado de fora.

O Smashing Pumpkins fechou o evento com o show mais pesado da noite. Do grupo que estourou em meados dos anos 90 com hits como "Tonight, Tonight", só sobrou o vocalista e guitarrista Billy "Ronaldinho"Corgan, como ele mesmo se auto-intitulou.

Mas como o músico é basicamente a alma do Pumpkins, o fato de o restante da banda atualmente ser contratada não faz lá muita diferença, apesar de os outros integrantes originais Darcy (baixo), James Iha (guitarra) e Jimmy Chamberlain (bateria) fazerem falta, principalmente para abafar um pouco o ego de Corgan. O máximo de presença de palco que os novos membros mostraram se restringiu ao ar blasé da baixista Nicole Fiorentino e à empolgação juvenil do baterista Mike Byrne, de apenas 20 anos, mais novo que o próprio grupo.

Trajando sua tradicional camiseta preta com uma inscrição em prateado - desta vez dizendo "Nature" e não "Zero", como de costume, Corgan reinou soberano durante todo o show, soando até simpático. Conhecido por suas apresentações pesadas, o grupo começou emendando músicas como "The Fellowship", de seu disco mais recente, "Teargarden by Kaleidyscope"(2009), com antigos hits como "Today", "Ava Adore" e "Bullet with Butterfly Wings". Na plateia, era possível avistar vários fãs emocionados, entoando os sucessos em coro e até mesmo derramando lágrimas.

Tudo corria bem até que, lá pelo meio do show, Corgan começou com suas também já costumeiras "divagações guitarrísticas", se é que existe um termo para isso. O público mais fiel não desanimou e continuou atento a tudo o que ocorria no palco. Mas para outra parte, o espetáculo se tornou um tanto maçante.

A apresentação se recuperou um pouco mais para o fim com mais hits como "Cherub Rock", "Zero" e "Tonight, Tonight". No bis, mais um antíclimax com a pouco conhecida "Heavy Metal Machine", deixando de fora sucessos como "Dzarm" e "1979".

Sozinho, Corgan se colocou à frente do palco, saudando os fãs e distribuindo palhetas. Na pista, a plateia se dividia entre os que haviam amado o show e entre quem achou que o espetáculo valeu mais pela nostalgia do que pela performance em si.



Um comentário:

FAb disse...

Droga...

perdi...

como diria o Hardy:

"oh vida.. oh céus... oh azar..."