domingo, 27 de abril de 2008

EXCERTO

Um simples som...
Um respirar por debaixo da pele...
Uma sensação suave que tensiona músculos e órgãos,
Uma canção que cura e dá febre...

Abaixo um tom...
E a melodia ainda canta em minh’alma
O abismo surge em tons de cinza e marrom
O coração dispara, a mente pede calma

A mente mente e diz que está tudo bem...
Não está...
Este torpor não vai findar com a glicose na veia...
Minha princesa se perdeu nesse mar.. não virou sereia...
Minha doce sanidade saiu pra nadar
E o acaso a arrastou para o oceano infinito da ilusão...

Nada vai ficar bem...
E afinal, que mal isso tem?
Não é que deixo pra trás que mais me falta...
É o abandonado porvir que me enche os ouvidos de esperança,
Nauseia meus sentidos e me faz de novo criança...
Com medo do escuro futuro que me convida...

“Pra onde vai esta nave Capitão?”
“Capitão?”
“Kapitän?”


Fab – 27 de abril de 2008

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