Diabo de vida...
Vida do cão...
E se ao menos eu tivesse um real porquê pra tanta reclamação,
Valeria bradar aos quatro ventos tanta frustração...
Mas quem sou Eu? E o que Eu espero afinal,
Se no final, faca e queijo na mão...
Corto a garganta e a única fartura que me alcança
É a eterna insatisfação...
E ante a um pequeno contratempo
Lanço-me a desafios cada vez maiores,
Apenas para não ter que enfrentar pequenos medos...
Talvez os piores...
Não há por vir, a esperança é vã...
Tudo o que há está aqui, não haverá nova manhã...
E nas noites que me consomem o sono,
Só a coragem adormece, enquanto o medo permanece...
Desperto, atento, vigilante, comandante...
Sim Herr Kapitän... à postos, positivo e operante...
Ei-me aqui... faça o que tem que ser feito, mas faça-o logo,
Eu vos imploro...
Não sou digno de seu comando, não mereço a honraria de cair em combate...
Antes tu, ó Medo, Herr Kapitän, me abate...
Fazei de mim um bom covarde,
Mas não deixei que o inimigo perceba minha fraqueza...
Eu não quero estar só no fim,
Embora a solidão seja minha colheita...
E ainda que Eu are esta terra infértil,
Os frutos de meus sonhos mais secretos
Não haverão de florescer...
Quer saber...
Antes cair em combate eterno,
Que permitir-me render...
Agora somos só Eu e você...
Herr Kapitän, Mein Kapitän.
FAb
Um comentário:
pra não olhar...
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