quinta-feira, 5 de abril de 2007

17 de dezembro de 2005

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Eu odeio odiar tanto...

Odeio estar tão cheio de mim que todos os demais parecem tão pouco ante minha odiosa e suprema pretensão...
Mas realmente quando odeio, odeio... Que posso eu fazer?
Deixar de odiar? Se fosse simples, os palestinos davam as mãos aos judeus e sairiam cantando alguma modinha qualquer do oriente médio...
Ok... jogo sujo justificar minha falta de justificativa com a falta de justificativa alheia...
Mas quando odeio - ou detesto, o que talvez seja um termo mais apropriado - odeio!!! Digo, detesto!!!
Pode parecer egoísmo deixar a companhia dos amigos porque o tal barzinho estava lotado com um povo escroto fazendo um amigo secreto à lá karalho-o-quê (que você descobre depois tratar-se de funcionários de um fornecedor que te deixou na mão na última empresa em que trabalhou e o pior: a corja é formada por metade dos paus-no-cú da primeira empresa em que trabalhou na vida), depois começa a rolar um som odioso, tipo pseudo-hip-hop, no último volume, o garçom não aparece, você fica vinte minutos em pé porque não tem cadeira, quando você está tomando sua bohemia longneck (servida depois de ter tentado ir embora da primeira vez) a garçonete mete o bração na frente de seu rosto enquanto você tenta, aos berros, se fazer ouvir pra conversar com a namorada de um dos seus melhores amigos, o qual não via há tempos; Não dava nem pra encher a cara porque lá a longneck é cobrada ao preço da garrafa 600ml.
Tudo bem, concordo que só isso não era motivo pra perder a estréia no palco da nova banda de queridos amigos, prestigiar outra banda já tradicional, também de amigos, além de curtir um papo (ou a tentativa de um) com toda a turma que compareceu em peso (até a D’Ana e o Paulão foram!)
Combinei de esperá-los no bar ao lado - onde pelo menos dava pra encher a cara e tentar esquecer uma parte de todo esse alastro, mas então começa a chover e não há mais mesas sob a cobertura...
Não deu... eu realmente sinto muito, mas eu me odeio tanto quando odeio tanto assim, digo, detesto (as duas vezes), que não poderia fazer tanta gente querida passar por isso comigo.
É egoísmo, eu sei...
O importante é que minha lista de últimos lugares na terra em que pisaria acaba de ser acrescida...

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